Servidores e empresários são investigados por fraude contra Celesc; polícia cumpre mandados em Pescaria Brava

Uma grande operação estadual, denominada Zero Grau, foi deflagrada na manhã desta quinta-feira, 5, para cumprir 21 mandados de busca e apreensão e sequestro de 49 veículos pertencentes a servidores e empresários indiciados por fraude contra as Centrais Elétricas de Santa Catarina (Celesc).

Ordens judiciais foram cumpridas em Pescaria Brava, Florianópolis, São José, Itajaí, Blumenau, Orleans, e Curitiba (PR). A suspeita é que as fraudes foram feitas à época por servidores da estatal em conjunto com empresários.

A Polícia Civil disse que a investigação detectou que a diretoria técnica da Celesc na época, com base em eventos emergenciais, como vendavais e tempestades, que aconteceram em 2010, aprovou a realização de serviços nas regionais de Florianópolis, Joinville, Rio do Sul e Criciúma pela Divisão de Infraestrutura de Telecomunicações (DVIT), responsável pela parte de infraestrutura física de telecomunicações, repetidoras, torres, postes, fibra óptica, além dos telefones corporativos, fixo e móvel.

Em Pescaria Brava, segundo apurado pelo Portal Agora Laguna, foram cumpridos dois mandados, que resultaram em três veículos foram apreendidos pela polícia, no bairro KM 37.

Esses processos de caráter emergencial, nominados de ordem de serviço eram montados pelo assistente técnico do diretor e pelo responsável pelo DVIT e, posteriormente, avalizados pelo diretor técnico da empresa à época.

No total foram investigados pela Decor/Deic sete ordens do gênero, sendo que em pelo menos seis há indícios suficientes que os serviços não foram prestados e o dinheiro foi desviado pelos servidores da Celesc à época e por empresários.

O prejuízo identificado pela investigação foi de R$ 3.316.352,83 em valores da época. Mas é possível que esse valor tenha ultrapassado R$ 10 milhões, valor de notas fiscais não reconhecidas pela própria companhia energética.

Foto: Polícia Civil SC

Zero Grau

O nome da operação Zero Grau é uma alusão à grande quantidade de notas fiscais frias emitidas por supostos serviços, os quais não foram realizados pelas empresas/empresários.

Prestaram apoio na operação as 11 delegacias de polícia especializadas da Deic, a Delegacia da Comarca de Orleans e as Divisões de Investigação Criminal de Blumenau e de Laguna.

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