Acadêmicos de Criciúma propõem autossuficiência para a Ponte Anita Garibaldi

Ainda não há um consenso sobre quem deve arcar com a conta de energia da Ponte Anita Garibaldi. A questão se a responsabilidade pertence à prefeitura de Laguna ou à União, existe há quatro anos e meio e segue longe de ter um desfecho. Pensando em uma forma de resolver a situação, os alunos de Engenharia da Faculdade Satc, de Criciúma, receberam meses atrás, no início do semestre, o desafio de propor uma alternativa para a estrutura localizada sobre o Canal de Laranjeiras.

Hellen Zago e Diana Morona, professoras do curso, foram as responsáveis por promover a tarefa para os alunos. “Eles precisavam apresentar algo que pudesse solucionar o problema do custo da energia na ponte, uma situação que tem gerado discussões sem uma solução concreta”, explica Hellen.

“Surgiram propostas muito interessantes, desde o uso de energia eólica, roda d’água, piso elétrico, entre outras alternativas. Algumas se apresentaram viáveis e outras, após os cálculos, não são promissoras. Para nós, o importante é a aplicação do conhecimento”, complementa Diana.

A ideia mais viável foi a da autossuficiência da ponte. Isso foi proposto pela turma da aluna Caroline Machinski. Segundo a universitária, a ideia que foi chamada de “Tráfego energético” é constituída de uma ‘tartaruga de trânsito móvel’, nivelada ao chão, que quando é acionada por um carro, gera um comando que ativa um pistão e gera energia. O conceito é baseado em uma ideia do designer inglês Peter Hughes, que desenvolveu um sistema semelhante, porém usando um quebra-molas.

“A energia vai para uma bateria que armazena e mantém a luz acesa”, resume a estudante. Um dos charmes da estrutura localizada em Laguna são justamente as luzes de seus estais. Considerada o cartão-postal do Sul, a Ponte Anita Garibaldi era iluminada todas as noites e em datas comemorativas assumia cores especiais, como quando ficou rosa no mês de outubro e azul, em novembro.

A Satc reúne no ciclo básico das Engenharias estudantes de seis cursos de graduação, que atuaram por completo no projeto. “Deu muito trabalho no começo, mas todos ajudaram no que sabiam. Unimos nossos conhecimentos para criar algo diferente”, diz Caroline Machinski. Participaram acadêmicos de Elétrica, Computação, Mecânica, Química, Minas e Mecatrônica, cada um contribuindo de alguma forma para o resultado.

A apresentação final foi bem-sucedida na avaliação das professoras. “Mostrou o quanto as equipes se empenharam, pesquisaram e produziram protótipos das ideias”, pontua Hellen.

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