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Perícia faz coleta de amostras em lagoa para apurar possível crime ambiental

Equipes da Polícia Civil de Laguna e do Instituto Geral de Perícias (IGP) colheram amostras e fizeram perícia técnica na manhã deste sábado, 10, na Lagoa Santo Antônio dos Anjos. Ação tem objetivo de apurar possível crime ambiental, após um vídeo de líquido semelhante a sangue ter viralizado na internet.

A análise acontece após denúncia de um pescador de Capivari de Baixo que flagrou a substância desembocando na lagoa por meio de uma tubulação da rede pluvial. Na última quinta-feira, 8, a força tarefa da operação Lacre Ambiental (Flama, Polícia Ambiental, Casan e Vigilância Sanitária) fizeram testes em dois estabelecimentos funerários próximos.

Em um deles foi detectado que havia conexão irregular com os canos pluviais. A defesa da funerária explicou ao Portal, que a tubulação onde foi encontrada a ligação não é a mesma em que houve o despejamento do líquido vermelho. A perícia fez coleta de amostras para testes posteriores e refez a análise com reagente químico de coloração azul.

Um inquérito policial deve ser instalado para apurar se houve ou não crime. “Sendo comprovadas as denúncias recebidas e havendo elementos suficientes de autoria e materialidade delitiva, os suspeitos serão indiciados por crimes como o de poluição ambiental, sem prejuízo das sanções no âmbito administrativo pelos órgãos competentes”, detalha a delegada Carolina Quintana Guedes, que acompanhou a diligência.

Além desta diligência, técnicos e especialistas do Instituto do Meio Ambiente (IMA) catarinense também estiveram no local coletando resíduos.

Estabelecimento teve interdição parcial

A casa funerária teve a sala de preparação de corpos interditada por conta de ter sido ali o local em que houve a detecção da ligação irregular. O estabelecimento recebeu prazos pela Flama e Vigilância Sanitária para promover a correção.

“Foram coletadas amostras para fazer os testes e depois passar os resultados. A Flama interditou parcialmente o estabelecimento, na sala de preparação dos corpos, porque o esgotamento está irregular, indo direto para lagoa”, pontou a presidente da Flama, Deise Xavier Cardoso, ao Portal Engeplus, de Criciúma.