Fiscalização interdita sala de funerária em que houve apontamento de irregularidade

Nova vistoria realizada pela Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) em conjunto com a Polícia Militar Ambiental (PMA), na manhã desta sexta-feira, 09, interditou a sala da funerária onde houve a identificação de ligação irregular na rede pluvial, como noticiado no dia anterior.

Para a reportagem, a presidente da Flama, Deise Xavier Cardoso, explicou que não se trata do fechamento da funerária, que segue com atendimento normal. Na quinta-feira, 08, técnicos aplicaram reagentes químicos em uma das tubulações, na sala de preparação de corpos, que desaguaram na Lagoa Santo Antônio dos Anjos.

Outras vistorias devem ser realizadas pela fundação, por meio da força tarefa da operação Lacre Ambiental, em mais estabelecimentos funerários, assim como em clínicas médicas existentes na região da lagoa.

Outro lado

O advogado Márcio José Rodrigues Filho, que representa a funerária Gomsan, disse que a situação é muito delicada e que devem ser aguardados os laudos periciais antes de se fazer qualquer julgamento.

“O que sabe é que um reagente, um corante, que foi usado na rede de esgoto desembocou em outro ponto aqui na lagoa. No entanto, é muito temerário, a gente pede que a população se acalme, pois a empresa sempre atuou aqui no município com higidez”, pontua o defensor, afirmando que a funerária recebeu prazos e fará adequações necessárias.

Entenda o caso

Na noite de quarta-feira, 05, um pescador de Capivari de Baixo flagrou um líquido avermelhado sendo despejado na lagoa, por meio de uma das tubulações. O fluído tem aparência similar a sangue. A Polícia Militar Ambiental (PMA) esteve nas funerárias tão logo foi informada do fato e não identificou irregularidades no primeiro momento.

No dia seguinte, a fiscalização apontou a conexão irregular desaguando na lagoa a partir de uma das salas da funerária. O caso ganhou proporções estaduais.

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