Entidades civis, públicas e militares estarão se reunindo no próximo dia 22 de maio (quarta-feira), às 14h, para discutir ações visando a prevenção da mortandade dos botos-pescadores de Laguna por motivos não naturais, como redes de pesca, poluição, colisão com embarcações, entre outros. A reunião foi provocada pela Associação Catarinense de Proteção aos Animais (Acapra), que ingressou com representação na Procuradoria da República, em Tubarão.
Em petição online, a Acapra justificou as razões para apresentar a representação na procuradoria. “Lançamos a campanha ‘Salvem os Golfinhos de Laguna’, na tentativa de impedir a extinção desta incrível ‘tribo’, que está sendo dizimada pela falta de fiscalização eficiente na região”, explicou a associação.
O encontro, na sede da procuradoria, será comandado pelo procurador da República, em Tubarão, Mário Roberto dos Santos. Além da associação proponente, foram convidados representantes das polícias Militar Ambiental e Federal, Capitania dos Portos, institutos do Meio Ambiente (IMA-SC) e Boto Flipper, ICMBio/APA-BF, Ibama, prefeitura de Laguna, Fundação Lagunense do Meio Ambiente (Flama) e de grupos ligados à causa dos botos, como o Movimento Boto Vivo.
Audiência pública no fim do mês também deve tratar do tema
A situação dos botos-pescadores (T. truncatus) também será tema de audiência pública no dia 23 de maio, em Laguna. A proposta do encontro, sediado no plenário da Câmara de Vereadores, a partir das 19h, foi aprovada em reunião em março, na comissão de Aquicultura e Pesca, da Assembleia Legislativa (Alesc).
A audiência deve discutir também ações a serem feitas para diminuir a mortandade dos botos-pescadores, considerados patrimônio imaterial do município de Laguna. Devem estar presentes especialistas, autoridades, pescadores e interessados que vão discutir meios para salvar a espécie.