Vídeo: Com muito humor e irreverência, Falcão anima público em show na cidade

Humorado e irreverente, o músico subiu ao palco pouco depois das 14h e começou o show brincando com as 'falconetes', como ele denominou a plateia.

Com uma bagagem de mais de trinta anos de carreira na música, o cearense Falcão apresentou na tarde desta quarta-feira, 8, o show ‘Altamente Mais ou Menos’, em que mistura música e stand-up, no Centro Cultural Santo Antônio dos Anjos. A apresentação foi organizada pela Fundação Irmã Vera (FIV) em homenagem às mães dos 53 grupos organizados da autarquia.

Humorado e irreverente, o músico subiu ao palco pouco depois das 14h e começou o show brincando com as ‘falconetes’, como ele denominou a plateia. Logo depois de cantar I’m not dog no (veja no topo do texto), um de seus primeiros sucessos, ele chamou um coral de integrantes dos grupos para se apresentar com ele. As participantes se vestiram iguais ao ídolo.

“Fiquei muito nervosa em se apresentar para ele, suando frio, coração está batendo acelerado. O show está maravilhoso”, comentou Kátia Regina, que é uma das 22 integrantes do grupo Mulheres Fazendo Arte, da comunidade da Figueira. Ela foi uma das presentes no evento que não só se vestiu igual ao cantor cearense, mas imitou ele com direito a barba e peruca. O coral ensaiou e cantou com Falcão a música ‘Holiday foi muito’.

A voluntária da FIV, Elilda de Souza d’Espíndola, que participou do processo para trazer o cantor à Laguna, afirmou à reportagem que o show estava saindo melhor que o esperado. “Ano passado tivemos o Wanderley Cardoso que já foi bom, mas o Falcão aqui, hoje, está sendo ótimo. Estava muito ansiosa para ver e torcendo para que tudo desse certo e está dando”, disse.

Este ano, a fundação convidou as voluntárias da Rede Feminina de Combate ao Câncer (RFCC) para que pudessem receber doações de alimentos não perecíveis. “O Valmor Packer conversou com os grupos para que trouxessem voluntariamente as doações e vamos fazer cestas para os nossos pacientes. A rede sempre está presente nesses eventos”, explica a presidente da rede, Andrea Cascaes Lopes. De acordo com ela, em torno de 305 quilos em alimentos foram arrecadados.

“O resultado foi altamente positivo, pelo menos olhando no rosto delas estamos vendo isso. Foi uma diversão só e todo mundo se alegrando aqui”, avalia o presidente Valmor Packer. Segundo ele, o nome de Falcão foi escolhido pelos grupos em votação feita nas reuniões da FIV.

Após o término do show do cantor cearense, foi a vez do lagunense Gean Pierre assumir a condução do espetáculo e animar os grupos organizados. A fundação estimou em cerca de 1.100 pessoas presentes no evento, que também teve tradução para Língua Brasileira de Sinais (Libras).

Foto: André Luiz

‘Gostei muito, é uma cidade da maior catilogência’

Falcão recebeu a reportagem do Portal Agora Laguna em seu camarim, enquanto se preparava para o show. O artista e humorista literalmente veste a camisa de seu personagem: terno florido, óculos escuros, girassol grande no peito, calça xadrez e um pé com o tênis rosa e outro, azul.

Foi no melhor estilo nordestino que o cearense resumiu o que achou da cidade: “Da maior catilogência”. O adjetivo do Nordeste é usado para destacar inteligência, habilidade e capacidade. “Laguna é uma joia, é daquelas cidades que você vem e tem prazer e vontade de voltar, é um município tipicamente brasileira de interior e praiana”.

“O show ‘Altamente mais ou menos’ é algo que eu não fazia há muito tempo em voz e violão, cantando e brincando com a plateia. É muito informal”, explica o artista sobre a apresentação “para a mulherada bonita e animada de Laguna”.

No dia anterior ao show, o ‘Brad Pitt do Ceará’ como ele se intitula estreou a série Cine Holiúdi, na TV Globo, baseado no filme feito inteiramente em ‘nordestinês’, onde o cantor atua. “2019 está sendo um ano muito bom, dei uma enveredada pelo cinema e televisão na dramaturgia, vamos lançar o  filme que gravei, o Cabras da Peste, e também fiz Os Roni no Multishow [canal de TV por assinatura]”, comenta.

Falcão é conhecido nacionalmente por sucesso como I’m not dog no, versão em inglês de Eu não sou cachorro não (de Waldick Soriano), Black people car, adaptação de Fuscão Preto (de Almir Rogério) e ainda: Dinheiro não é tudo, mas é 100% e Ai! Minha Mãe.

O cearense Marcondes Falcão Maia, ingressou na música no fim dos anos 80. Mas foi só na década seguinte, que o cantor, de 61 anos de idade, se destacou com as canções satíricas e bregas, características do humor que o cerca, até mesmo nas suas roupas extravagantes. A pedido da reportagem, Falcão deixou uma mensagem para as mães lagunenses, assista:

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